Friday, September 14, 2007

Fábula


Nossa novela sem fim
Uma fábula pós-moderna
Falsamente criada.
Perversamente mal-humorada.

Um teatro desmantelado, atores desqualificados
Um plenário lotado, o país inteiro engessado
Todos rindo a toa,
devem estar rindo do próprio rabo.

Se lá só tem ladrão, é porque por alguém foi votado
Povo medíocre, estatalizado
Não é culpa de ninguém, é culpa de todos nós
Não é o Imperialismo, e sim o nosso colonialismo.

Não é Robin, mas é quase, é Renam
Não é culpado, é vitima
Não dá para os pobres, mas tira deles
Vivemos sempre assim, idealizando falsos profetas
Criando estórias estapafúrdias, heróis de meia-tigela.

Absolvido, claro vivemos em uma demo-cracia
Demônios somos nós,
travestidos de mendigos
Implorando por um centavo.

Criamos nossa Atlântis
Brasília, a capital da impunidade
Pusemos lá a maior escória do mundo
Falta apenas acabarmos com essa cidade.

Circo de Macunaímas, corte de reis
E nos sempre os servindo, feito imbecis
Tá rindo do que?
Nosso final está longe de ser feliz.

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